sexta-feira, 29 de maio de 2009

Dossiê: Abolicionismo Penal (Parte 02)



3) DIREITO PENAL SIMBÓLICO E DIREITO PENAL MÍNIMO

Está lá na Constituição Federal de 1988:

“Art.5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade (...)”

Sabemos que isso nunca foi levado a sério aqui no Brasil. Na verdade já, mas só para algumas parcelas da população. Em se tratando de Brasil isso é normal, pois aqui “uns são mais iguais do que outros”. Mas o ponto é que quero avaliar esse importante artigo de nossa Carta Magna face a questão do Sistema Penal e do Abolicionismo. Então vamos aos fatos:

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Novo ato contra o AI-5 digital



Aê mineirada!! Agora é a vez docêis ferrá com o AI-5 digital!! Pau neles!!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Das incongruências da representação política


A crítica à representação política é fato antigo no mundo ocidental. Pensadores comunistas e anarquistas, ainda no século XIX, questionavam esse que é um dos pilares da democracia liberal.

A impossibilidade da representação, tendo em vista a incapacidade de qualquer ser humano de responder por milhares de pessoas sem consulta prévia, e o afastamento da ação política por parte dos cidadãos/eleitores são algumas das críticas mais recorrentes ao modelo. Tais fatores são reconhecidos, inclusive, pelos defensores do sistema representativo que, contudo, justificam-se afirmando que eles são decorrentes de erros a serem corrigidos e não de falhas estruturais da democracia.

Ao longo desses quase duzentos anos, os questionamentos ao modelo representativo se aprofundaram, muitas vezes, em resposta às novas estratégias de justificação da democracia liberal. Apesar de incontáveis evidências dos graves limites da representação política, um discurso com forte penetração social ainda prevalece.

Apesar disso, vemos que, no caso brasileiro, os esforços para manutenção da ilusão democrática são cada vez maiores e mecanismos cada vez mais complexos ajudam a suportar os discursos dos supostos representantes da nação.

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domingo, 24 de maio de 2009

Dossiê: Abolicionismo Penal (Parte 01)


Falar sobre a filosofia anarquista, em qualquer círculo (inclusive entre simpatizantes), é algo que sempre gera polêmica – pois quando abordamos esse tema, está em jogo uma descontrução radical das formas tradicionais de como vemos e vivemos nosso mundo. Ou seja, falando de anarquismo(s), cutucamos questões sensíveis como desejos, valores, éticas, identidades e por aí vai. Daí uma certa dificuldade em trazer para o âmbito do “palpável”, as propostas e métodos de análise dos libertários. No entanto, basta um esforço, bem como disposição para mudança, que a percepção da realidade sob novos paradigmas mostra-se não só mais viável, como necessária.

Pensando nisso, decidi fazer um post a fim de trazer à discussão aqui no Blog do CISCO um dos temas mais polêmicos debatidos por anarquistas e não-anarquistas. Uma discussão tida, muitas vezes, como visionária: o Abolicionismo Penal. Garanto que (correndo o risco de ser pretensioso demais), seguindo o raciocínio, a nova imagem que terá sobre o assunto vai mudar. Não digo que, necessariamente, virá a concordar com o que está aqui, mas que, no mínimo, perceberá o assunto sob outro foco.

Como o tema é muito amplo, ao longo do texto deixarei uma série de links a fim de, a quem interessar, aprofundar determinados números ou argumentos, de modo que o post, que ficou grande, não se alongue ainda mais. Pois vamos lá, por partes:

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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Contra AI-5: Porto Alegre e Belo Horizonte



Ato contra o AI-5 digital em Porto Alegre e Belo Horizonte

Porto Alegre: 25 de maio, às 14:00, Praça Marechal Deodoro,101

Belo Horizonte: 1º de junho, às 19h30, Teatro Cidade, Rua da Bahia, 1341 - Centro

Mais informações: Internetlivre.org e Meganao

Qual é a nossa prioridade?



Essa é curta...só pra gente refletir

Dando uma sondada na Folha de São Paulo de ontem, foi interessante pensar nas prioridades assumidas pelo(s) governo(s). Uso o (s) aqui porque essas putarias não são prerogativas de nenhum partido, ideologia ou estado em específico. Na verdade é próprio do desequilíbrio na distribuição dos poderes, da concentração das riquezas e por aí vai.

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terça-feira, 19 de maio de 2009

O custo social da cidade do automóvel

A visão de que as vias das metrópoles atuais encontram-se saturadas já é praticamente consensual. A inadequação entre os espaços disponíveis e o número de veículos circulando diariamente é comprovada pelos mais diversos dados. Mas a grande questão: “O que fazer?”, essa está longe de ser entendida de uma forma única.

O governo federal, recentemente, demonstrou-se um entusiasta do carro ao eleger a indústria automobilística como a grande agraciada pelas ações anti-crise. Para garantir postos de trabalhos e a manutenção de montadoras, ele permitiu, com o barateamento dos preços e facilidades de compra, que uma nova leva de carros particulares fosse lançada às ruas.

O gasto público, tal como foi apresentado, era positivo. Contudo, qual a conseqüência para as cidades do aumento desenfreado do número de automóveis particulares? Não há um custo social a ser contabilizado aí? Ao ser esse custo contabilizado, a opção ainda se sustenta como a correta?

As atitudes dos poderes públicos, dos setores produtivos e dos habitantes das cidades em geral demonstram uma vaga preocupação com o problema. Apesar disso, cada vez mais os efeitos da opção pelo carro particular como principal meio de locomoção se mostram nocivos. Esse e outros temas são abordados no documentário “Sociedade do Automóvel”:

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domingo, 17 de maio de 2009

Megablogagem Anti AI-5 Digital



Todos juntos contra o AI-5 digital e o vigilantismo na Internet!!

Contribua, apóie e participe da Megablogagem em favor da liberdade e da livre manifestação do pensamento!!

Vamos pressionar a grande mídia para que noticie a lei que está prestes a ser aprovado pela Câmara dos Deputados e que vai instalar o totalitarismo virtual no Brasil. Não podemos aceitar essa colaboração dos grandes veículos à manipulação, omissão e descaracterização da informação.

Veja aqui a versão fatalista da Rede Globo acerca da Internet (É claro, pois com a democratização da Internet, ela perde o controle sobre os seus consumidores...ops!! Quer dizer, telespectadores)

Visite o Blog do Mega Não!!

Capa da Revista Veja dessa semana sobre os “perigos” na net.

Mais sobre o Projeto Azeredo

Saiba sobre a manifestação que rolou em São Paulo dia 14-05

Mais sobre Copyleft, Compartilhamento virtual e Direitas virtuais!!

Não chega a ser uma Simone...



A inspiração para esse post é a lembrança de uma foto que uma amiga minha me mostrou. Tratava-se de um daqueles momentos icônicos e inerentes à vida familiar, o aniversário de uma filha. A foto captava o exato instante em que os convivas se dirigiam para o recinto no qual estava armada a mesa. Ao centro da composição víamos os arranjos, os doces, os salgados e os refrigerantes. O bolo ocupava posição central, seus três andares davam-lhe um destaque e até uma magnificência. Os pets de coca-cola traziam o elemento vertical para a foto. Em suma, uma representação da fartura e de um banquete festivo.

Logo acima do bolo, via-se a janela aberta que revelava um cenário intruder, levantava-se uma favela, ornamentada pelo milhar das minúsculas caixas feitas de madeira, tijolo nu e painéis de lata. Os barracos afloravam, em terceiro plano, mas confirmando a presença das peculiaridades da sociedade brasileira. Pareciam felizes em ocupar aquele lugar, confirmando certa brasilidade à composição, uma lembrança de que o cenário classe média do primeiro plano estava subordinado a macro realidade.

Lembro de ter dito algo sardônico, “belos barracos”, minha amiga tomou a foto descompondo minha indiscrição e incapacidade de me ater ao tema principal: a festinha de sua filha.

A proximidade espacial entre as favelas e os bairros classe média não minimizam as gritantes diferenças sociais existentes. A favela é uma intrusa, uma ousada, como gostam de dizer seus jovens habitantes “nós somos os mais ousados”. Vingam-se por diversos meios, com um desafio, por vezes ameaçador, por vezes irreverente, ao modo de vida das respeitáveis famílias pequeno burguesas.

É aqui que entra a porra da buceta:

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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Amamos muito tudo isso!



Dos grandes templos às humildes vendas.

Amamos muito tudo isso.

Amamos.

No luxo extremo vemos as Grand Magazines.

Locais esmerados onde prevalece o topo da cadeia alimentar do consumo.

Os Shoppings Zonas sul, onde são todos loiros, até as garçonetes, até as seguranças, inclusive as moças que cuidam da faxina. É o sonho nórdico, as indiscretas atualizações da ideologia nazista. É para lá que os burgueses afluem, levando suas companhias, naqueles templos do efêmero salários mínimos são gastos em intervalos de minutos.

As belas vendedoras, que atendem tão educadamente os barões e as baronesas do capital, sempre sorriem. Mas no fundo daquela gentileza há um ódio infinito e secreto, silencioso.

Amamos muito tudo isso.

Há alguns requisitados restaurantes Class A cujos atendentes ficam às portas do estabelecimento em dias de chuva, portam guarda-chuvas para assegurar que os clientes (Deuses) não se molhem. Os garçons se encharcam, mas preservam a integridade dos consumidores. Um nobre francês do século XVIII sentir-se-ia em casa nesse lugar.

Amamos muito tudo isso.

Nos shoppings populares as pessoas se esmagam na busca sísifa pelo nada e pelo nenhum. O novo aparelho de celular é comprado, consolo momentâneo para o baixa renda que busca no mercado pirata a consumação do seu sonho consumista. Meses depois estará novamente insatisfeito. O aquecimento da economia agradece.

Amamos muito tudo isso.

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Balanço do Ato contra o Projeto Azeredo



Leia aqui o balanço que o Partido Pirata fez da manifestação

Vídeo do Ato contra o AI-5 digital.

Continuem assinando a petição para barrar esta tralha!!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

A Amplitude do Anarquismo: Patch Adams



A metáfora dos fios d’água penetrando no solo poroso, comumente usada pra caracterizar a filosofia, ideologia, doutrina, metodologia, ou seja lá como quiser chamar, anarquista, me agrada bastante. Me remete a uma idéia cara ao chamado anarquismo social (que pra mim é a mesma coisa que o dito ‘anarquismo sem adjetivos’), do qual, também, declaro-me simpático, que busca a valorização das mais variadas idéias, posturas e ações que têm por base a preocupação com o respeito, liberdade, autonomia e dignidades humanas. Alguns costumam opor o anarquismo social ao anarquismo individualista e, sinceramente, não consigo enxergar de que forma essas duas correntes são excludentes. Penso exatamente o contrário: o anarquismo social comporta os individualistas, afinal de contas é mais uma percepção libertária da sociedade – de modo que não há um porquê da não convivência dos dois...aliás, creio não ser possível vislumbrar um sem o outro.

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quarta-feira, 13 de maio de 2009

É amanhã!!



Assinem a petição on-line para barrar esta tralha

Mais informações aqui

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Os donos da rua ou... por que não a pé?


Cada vez mais as metrópoles se mostram inviáveis em termos de mobilidade. E esse fenômeno já vem atingindo centros urbanos de médio porte, que começam a sofrer com os engarrafamentos, a poluição e o estresse decorrentes do entupimento das artérias de tráfego provocados pelo número absurdo de automóveis que invade todos os espaços da cidade.

Para a superação desse problema, os governos municipais já escolheram a sua principal ação: a construção de mais vias que possibilitem a circulação de mais carros. Em BH, por exemplo, vê-se a construção de uma Linha Verde, que acabou por aterrar o mais importante córrego da cidade. Nome intrigante esse, porque para todo o lado que olho, só enxergo o cinza...

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domingo, 10 de maio de 2009

“Contra Burguês, baixe Mp3!"


É meus caros...a indústria fonográfica vai dando seus últimos suspiros e, como é de praxe, justo na hora do adeus, usa de todas as vias possíveis, e impossíveis, pra parasitar o máximo possível e tentar sobreviver. Mas de nada adianta esses espasmos de sobrevida...logo ela vai bater as botas.

Digo isso baseado em alguns ocorridos mais recentes, onde se vê as grandes gravadoras se ferrando em quase todas as linhas de combate. Dois casos que gostaria de destacar são o francês e o sueco.

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sexta-feira, 8 de maio de 2009

O Trabalho Liberta! Será mesmo? (parte 02)



Redefinir o trabalho hoje é algo que se mostra mais do que necessário, caso de vida ou morte. A sociedade do trabalho tornou-se suicida. Está destruindo a si própria, como que numa espécie de autofagia, pois atualmente, como nunca, a utopia do pleno emprego (decente) está há anos luz de nossa realidade. A despeito disso, todos nós continuamos nos pautando pela escala de valores da sociedade do trabalho – e é nesse momento em que praticamos o nosso canibalismo suicida.

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terça-feira, 5 de maio de 2009

Direito à cidade x especulação imobiliária

O que há em comum entre uma pequena cidade no interior da Itália e as metrópoles brasileiras? Obviamente, algumas tantas respostas são possíveis. Mas, por enquanto, nos ateremos a uma delas: tanto lá, como cá, movimentos sociais, de um lado, e a especulação imobiliária, de outro, vivenciam embates para definir o futuro do espaço urbano.

Tal disputa, na verdade, não é privilégio apenas desses lugares. É algo que se estende por diversas partes do mundo, mostrando que ao poder econômico dos grandes construtores se opõe a organização popular que, de inúmeras formas, reivindica seu direito à cidade.

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