Cada vez mais as metrópoles se mostram inviáveis em termos de mobilidade. E esse fenômeno já vem atingindo centros urbanos de médio porte, que começam a sofrer com os engarrafamentos, a poluição e o estresse decorrentes do entupimento das artérias de tráfego provocados pelo número absurdo de automóveis que invade todos os espaços da cidade.
Para a superação desse problema, os governos municipais já escolheram a sua principal ação: a construção de mais vias que possibilitem a circulação de mais carros. Em BH, por exemplo, vê-se a construção de uma Linha Verde, que acabou por aterrar o mais importante córrego da cidade. Nome intrigante esse, porque para todo o lado que olho, só enxergo o cinza...
Na capital mineira, até as vilas vêm sendo divididas pelas avenidas, também conhecidas como “a solução para o problema da mobilidade urbana”! Recentemente, em meio a outras obras de urbanização no maior aglomerado da cidade, o da Serra, realiza-se a construção de uma via que o partirá ao meio. Segundo seus idealizadores, uma obra fundamental para aquela população, o que justificaria a desapropriação de centenas de moradias.
Em outros centros, como São Paulo, a coisa não é diferente... Recentemente, a capital paulista recebeu mais um importante monumento à sociedade do automóvel, conhecido como Estilingão.
Mas afinal de contas, desde quando a construção de novas vias é solução para o problema da mobilidade urbana? Qual experiência de sucesso já provou isso? Porque, ainda assim, a solução proposta é sempre a expansão da malha viária?
Para início de conversa, todas essas ações governamentais deixam uma coisa bem clara: a representação democrática é uma piada de muito mau gosto. Como se explica que, em cidades onde uma maioria esmagadora se utiliza do transporte público e de outros meios de locomoção que não o carro, as soluções para a mobilidade privilegiem prioritariamente os veículos particulares?
Hoje, contudo, não quero descer a lenha nos poderes públicos municipais. Gostaria de refletir sobre a atuação dos proprietários de carros particulares e da indústria automobilística.
O volume de carros circulando nas cidades atinge números impressionantes. A população de São Paulo já pode “comemorar”(?) os seus mais de 6 milhões de veículos emplacados.
E o movimento é simples, mais carros, mais pressão por novas vias, menos espaço para ciclistas e pedestres, mais ônibus superlotados presos em engarrafamentos e mais reclamações com relação à ineficiência do transporte coletivo...
Com isso quero dizer que a culpa pelo problema do tráfego é dos motoristas? Não. Mas chamo a atenção de que é hora deles assumirem sua parcela de responsabilidade, a qual, diga-se de passagem, é grande.
Tampouco quero dizer que a inoperância dos serviços de transporte público é culpa dos motoristas. Mas será que eles já pararam para pensar a quantos ônibus correspondem seus veículos? Quanto de espaço eles ocupam pelas ruas?
Suas escolhas individuais afetam diretamente as possibilidades de deslocamento de um sem número de pessoas que se vê ou expulso das vias ou encaixotado em meio a milhares de carros com um ou dois ocupantes.
Em tempos de IPI reduzido e acesso cada vez mais fácil a esse que é um dos maiores fetiches da sociedade de consumo, poucos refletem sobre a responsabilidade envolvida na posse e no uso regular do automóvel. O que se vê, nesse caso, é uma dessas demonstrações chauvinistas de vontade individual acima de qualquer interesse coletivo.
Ao ser motorizado basta a contribuição para a efetivação de mudanças aos poucos para que tenha a consciência limpa de estar fazendo sua parte...
Apesar disso, não defendemos aqui ações de restrição à circulação claramente exclusivas, como pedágios urbanos e rodízios, que prejudicam os motoristas de baixa renda, que pagariam as taxas com muito mais sacrifício e que não podem ter um segundo carro com final de placa diferente.
Se medidas tiverem de ser tomadas, que elas possuam fórmulas que atinjam aos possuidores de carros de luxo ou de diversos carros, que são os que devem arcar com o maior ônus para a solução do problema.
Mas, antes de tudo, o importante é que tenhamos noção de nossas responsabilidades individuais. Ao contrário do que se omite a todo o tempo em comerciais e em rasos debates sobre o tema da mobilidade urbana, a cidade do carro é incompatível com a cidade das pessoas.
Uma escolha precisa ser feita.
Por mais que o mundo do automóvel seja fascinante, com todas suas promessas de liberdade (?) – ainda que encapsulada em uma bolha de vidro e aço –, poder, prestígio e felicidade, o uso indiscriminado dos veículos particulares é inconciliável com um espaço urbano verdadeiramente humano.
Para além de todas as benesses coletivas decorrentes do abandono do uso regular do carro, como a desobstrução das vias, a diminuição da emissão de poluentes, o reforço da utilização de meios de transporte mais democráticos e menos nocivos, como nosso próprio corpo, a bicicleta, o ônibus, o metrô, o trem urbano e, até mesmo, o taxi; ao deixarmos o automóvel temos a possibilidade de vivenciar outra cidade.
Temos a oportunidade de percorrer novos trajetos, em outro ritmo. Podemos nos tornar mais conscientes do espaço que habitamos, mais críticos, inclusive, participando das lutas pelo espaço da rua ou pela melhoria do transporte público.
Abandonar o carro pode representar uma transformação não apenas para a cidade, mas para nós mesmos!
Para a superação desse problema, os governos municipais já escolheram a sua principal ação: a construção de mais vias que possibilitem a circulação de mais carros. Em BH, por exemplo, vê-se a construção de uma Linha Verde, que acabou por aterrar o mais importante córrego da cidade. Nome intrigante esse, porque para todo o lado que olho, só enxergo o cinza...
Na capital mineira, até as vilas vêm sendo divididas pelas avenidas, também conhecidas como “a solução para o problema da mobilidade urbana”! Recentemente, em meio a outras obras de urbanização no maior aglomerado da cidade, o da Serra, realiza-se a construção de uma via que o partirá ao meio. Segundo seus idealizadores, uma obra fundamental para aquela população, o que justificaria a desapropriação de centenas de moradias.
Em outros centros, como São Paulo, a coisa não é diferente... Recentemente, a capital paulista recebeu mais um importante monumento à sociedade do automóvel, conhecido como Estilingão.
Mas afinal de contas, desde quando a construção de novas vias é solução para o problema da mobilidade urbana? Qual experiência de sucesso já provou isso? Porque, ainda assim, a solução proposta é sempre a expansão da malha viária?
Para início de conversa, todas essas ações governamentais deixam uma coisa bem clara: a representação democrática é uma piada de muito mau gosto. Como se explica que, em cidades onde uma maioria esmagadora se utiliza do transporte público e de outros meios de locomoção que não o carro, as soluções para a mobilidade privilegiem prioritariamente os veículos particulares?
Hoje, contudo, não quero descer a lenha nos poderes públicos municipais. Gostaria de refletir sobre a atuação dos proprietários de carros particulares e da indústria automobilística.
O volume de carros circulando nas cidades atinge números impressionantes. A população de São Paulo já pode “comemorar”(?) os seus mais de 6 milhões de veículos emplacados.
E o movimento é simples, mais carros, mais pressão por novas vias, menos espaço para ciclistas e pedestres, mais ônibus superlotados presos em engarrafamentos e mais reclamações com relação à ineficiência do transporte coletivo...
Com isso quero dizer que a culpa pelo problema do tráfego é dos motoristas? Não. Mas chamo a atenção de que é hora deles assumirem sua parcela de responsabilidade, a qual, diga-se de passagem, é grande.
Tampouco quero dizer que a inoperância dos serviços de transporte público é culpa dos motoristas. Mas será que eles já pararam para pensar a quantos ônibus correspondem seus veículos? Quanto de espaço eles ocupam pelas ruas?
Suas escolhas individuais afetam diretamente as possibilidades de deslocamento de um sem número de pessoas que se vê ou expulso das vias ou encaixotado em meio a milhares de carros com um ou dois ocupantes.
Em tempos de IPI reduzido e acesso cada vez mais fácil a esse que é um dos maiores fetiches da sociedade de consumo, poucos refletem sobre a responsabilidade envolvida na posse e no uso regular do automóvel. O que se vê, nesse caso, é uma dessas demonstrações chauvinistas de vontade individual acima de qualquer interesse coletivo.
Ao ser motorizado basta a contribuição para a efetivação de mudanças aos poucos para que tenha a consciência limpa de estar fazendo sua parte...
Apesar disso, não defendemos aqui ações de restrição à circulação claramente exclusivas, como pedágios urbanos e rodízios, que prejudicam os motoristas de baixa renda, que pagariam as taxas com muito mais sacrifício e que não podem ter um segundo carro com final de placa diferente.
Se medidas tiverem de ser tomadas, que elas possuam fórmulas que atinjam aos possuidores de carros de luxo ou de diversos carros, que são os que devem arcar com o maior ônus para a solução do problema.
Mas, antes de tudo, o importante é que tenhamos noção de nossas responsabilidades individuais. Ao contrário do que se omite a todo o tempo em comerciais e em rasos debates sobre o tema da mobilidade urbana, a cidade do carro é incompatível com a cidade das pessoas.
Uma escolha precisa ser feita.
Por mais que o mundo do automóvel seja fascinante, com todas suas promessas de liberdade (?) – ainda que encapsulada em uma bolha de vidro e aço –, poder, prestígio e felicidade, o uso indiscriminado dos veículos particulares é inconciliável com um espaço urbano verdadeiramente humano.
Para além de todas as benesses coletivas decorrentes do abandono do uso regular do carro, como a desobstrução das vias, a diminuição da emissão de poluentes, o reforço da utilização de meios de transporte mais democráticos e menos nocivos, como nosso próprio corpo, a bicicleta, o ônibus, o metrô, o trem urbano e, até mesmo, o taxi; ao deixarmos o automóvel temos a possibilidade de vivenciar outra cidade.
Temos a oportunidade de percorrer novos trajetos, em outro ritmo. Podemos nos tornar mais conscientes do espaço que habitamos, mais críticos, inclusive, participando das lutas pelo espaço da rua ou pela melhoria do transporte público.
Abandonar o carro pode representar uma transformação não apenas para a cidade, mas para nós mesmos!
Massa essa questão!
ResponderExcluirMas tenho uma observação, como assim: "Com isso quero dizer que a culpa pelo problema do tráfego é dos motoristas? Não."? Por que isso? Da mesmo forma que são os motoristas que têm que buscar uma saída, são igualmente parte geradora do problema. Tanto quanto os poderes públicos, os lobbystas desgraçados da indústria automobilísticas, a merda da mídia e dos publicitários e etc. Obviamente cada um tem sua culpa no cartório, em diferentes proporções, mas se não tivéssemos uma sociedade que, tendo o primeiro centavo na mão, corre pra uma concessionária, de nada adiantaria as pressões dos outros sujeitos envolvidos.
E a “inoperância” dos transportes públicos é dos motoristas sim, pois são eles que os desprezam ao privilegiar o transporte individual acima de tudo, deixando de fazer pressão nos poderes públicos e lotando a rua...o que ferra ainda mais a dinâmica dos coletivos. Se o aumento da malha viária é prioridade sempre, é porque tem neguinho querendo andar de carro.
Quanto à sua limitação acerca de medidas como pedágio urbano e rodízio, não sei se concordo...tenho que pensar mais ainda. É uma medida restritiva, mas a grana pode ser convertida na melhora dos transportes públicos, além de fazer uma pressão para que se deixe o carro em casa. Não sei...acho que atingimos um ponto em que medidas intensas devem ser tomadas...até em função dos problemas decorrentes da cultura do carro como um todo, para além da mobilidade: meio ambiente, quantidade de mortes por acidente, indústria das seguradoras, ideologia desenvolvimentista etc etc etc... O fim da picada foi informação que vi num relatório da ONU de 2006...pro inferno. Dizia que numa porrada de países há falta de alimentos pelo fato de privilegiarem a plantação de culturas voltadas pra produção de biocombustivel a ser exportado pra países desenvolvidos...pra boyzinho andar de carro!!
Sabe de uma coisa, sou mais aqueles imigrantes marroquinos na França que nas suas manifestações há dois anos queimaram 2000 carros na rua!
Márcio,
ResponderExcluirPoxa, mas tá lá no texto...
Em momento algum eximo os motoristas de culpa, só não dá para coloca-los como únicos responsáveis pelo problema.
Em certas situações o uso do carro particular é importante, mas muitas vezes sua utilização é socialmente irresponsável.
Não deixei de tocar no assunto. Aquela frase ficou descontextualizada no seu comentário.
De todo modo, concordo com tudo o que vc falou.
Concordo com quase tudo que foi exposto tanto no post quanto no comentário do Bus, mas ainda assim acho que a péssima qualidade do transporte coletivo influência muito nesta questão... que não oferecem segurança, acomodações adequadas, e preço, ou seja, o desprezo pelo tranporte publico, ou coletivo, tem varios aspectos a serem discutidos, um deles é que o cidadão que pega varios coletivos pra ir trabalhar se amontoa em coletivos que por vezes nem lugar pra sentar tem.
ResponderExcluirComo costumo dizer, toda questão social é fruto do sistema individualista implantado na sociedade... a discussão é ampla...
Aproveito pra parabenizar a iniciativa do blog!
Fala Peres!
ResponderExcluirMas veja se concorda com uma coisa? O transporte público no Brasil é uma porcaria pelo fato de, justamente, tanto quanto o governo, as pessoas sempre optarem pelo carro. Como você mesmo disse, é essa tentação individualista um dos maiores problemas. Mas, na medida em que as pessoas escolherem usar mais o transporte público, surgindo um umento da demanda, a pressão sobre a necessidade de sua melhoria vai crecer na mesma proporção.
Só não rola de continuarmos optanto pelo carro e esperar a boa vontade das elites e governantes pra melhorar o transporte público sem que pressionemos. Até porque nem de carro essa turma anda, o esquema deles é pelo ar...fugindo da pobretada
Falô e valeu pelos parabéns!!
Mete o pau mesmo!!
Márcio, concordo com o que vc ta dizendo. Mas acredito que o número de pessoas que utilizam o transporte publico é enorme, e principalmente nos grandes centros, este serviço prestado é insuficiente. As pessoas são transportadas amontoadas, ou seja, a atual demanda já é maior que a oferta do serviço e nem mesmo assim vemos uma real preocupação do poder público em relação a isso(poderia até dizer em "relação a tudo").
ResponderExcluirConcordo quando você diz que deveria haver sim uma iniciativa popular a essa respeito... mesmo por que os "representantes" dessa massa nada fazem, e como bem disse estão alienados as questões que nos atingem. Não posso deixar de lado a questão financeira, algumas pessoas optam pelo transporte individual por causa do custo! Pagar passagem é pouco melhor que pagar aluguel! Eu mesmo optei pelo carro por causa disso. Meu gasto com ônibus chegava a R$330,00/mês, já com o carro é de R$200/mês no máximo e daqui um tempo caso eu venha a conseguir emprego mais próximo de casa nem isso eu gastaria. Mesmo levando em consideração os impostos e manutenção a média mensal ficaria equivalente à passagem (diferença de R$50/mês a mais)... a verdade é a seguinte, paga-se de qualquer forma a diferença é que com ocarro eu tenho um bem de troca, e de ônibus se a coisa apertar fudeu...
Concluindo na minha parca opinião o preço do transporte coletivo é muito alto e não há incentivos suficientes pra que se utilize mais o coletivo que o individual.
A questão é muito, mas muito, complicada...ou como você mesmo disse, a discussão é muito ampla, e eu completaria apontando a sua profundidade.
ResponderExcluirProfundidade mesmo! Porque a cultura do carro é algo tão enraizado que teremos que mudar muito de nossos valores e comportamentos pra começar a discutir essa questão. E qual é o problema disso? É que dói...dói no aspecto financeiro (como você bem lembrou aí em cima), dói na mudança de hábitos já arraigados, dói no mundo da política (pois grupos que lucram e ganham com a situação têm que ser deslocados), isso pode até gerar desemprego,o que dói muito, na medida em que a indústria automobilística mantém muita gente ocupada, e a absorção por setores alternativos demoraria um pouco. Em suma, o buraco é muito embaixo. Pense comigo, até as grandes cidades foram desenhadas e a relação que as pessoas têm com seus empregos é tão própria desse sistema que vivemos, que trabalhar hoje em dia quase sempre implica em grandes deslocamentos, o que nos sugere que o trabalho está muito desvinculado de nossa realidade comunitária (se é que isso existe ainda hoje)
Agora, não adianta, grandes mudanças são complicadas mesmo...veja pela história: Revolução Francesa, por exemplo. Foi um caos completo aquilo...tudo em que as pessoas acreditavam e viviam desmoronou-se! É foda isso mesmo!
O ponto final é que temos que começar a pensar duas coisas que sempre enfatizo aqui no CISCO: a ideologia do consumismo e a ideologia do trabalho! Sem questionar isso não dá pra pensar mais nada.
E olha só que coisa maluca, e o Rajão disse isso no texto, a maioria das pessoas usam transportes públicos, mas mesmo assim os governos privilegiam tudo o que diz respeito aos carros. Ou seja, temos que aumentar a pressão ainda mais.
Só pra encerrar, tem um caso muito massa de desobediência civil que tem a ver com transportes: Antes dos direitos civis nos EUA, os negros eram obrigados a andar no fundos dos coletivos, de modo que em alguns estados eles começaram a boicotar os ônibus! Iam a pé, de carroça ou bicileta para o trabalho. Conclusão, como era um público muito grande, deram um grande desfalque nas empresas, o que levou várias à falência...exceto aquelas que acabaram com a seregação.
Doido, né? Temos que começar agir desse modo...mas que dói, dói!!
Falô!
Ah, só complementando...
ResponderExcluirEssa discussão não é de modo algum algo superficial, perceba que ela atinge o nosso âmago.
Dado que temos que envolver a questão do trabalho pra discutí-la, e em vista da crise que vivemos hoje, vê-se que, uma hora ou outra, o modelo de crescimento a qualquer custo vai desabar...aí creio que a dor será maior ainda.
Porra, estava vendo um site agora falando da previsão do aumento dos níveis dos oceanos em função do aquecimento global...o impacto vai ser muito profundo! E neguinho feliz que a produção de carros voltou ao ritmo normal! E olha que mesmo assim a garantia dos empregos não ultrapassa os 3 meses!!
Enfim, nossas observações de forma alguma são conflitantes, mas sim complementares...é o assunto que é tão amplo mesmo que acaba envolvendo aspectos impossíveis de serem pensados por uma cabeça apenas.
O que sempre me intrigou foi a falácia da eficiência do automóvel, os comerciais mostram veículos dinâmicos em ruas desertas...
ResponderExcluirNo entanto, no trânsito real, uma potente ferrari atrás de um carro de 10 km por hora passará a ter idêntica velocidade.
Não sou contra automóveis, reconheço a beleza estética dessas maquinarias, acho que eles embelezam a cidade, isto é, se esvaziados dos seus ocupantes e passando a ser utilizados como jarros luxosos para petúnias ou camomilas.