sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

À Guerra!!


O Megaupload foi derrubado hoje! Tempos negros se avizinham! À Guerra!!

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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

SOPA Faz Mal!!

Apesar de o Congresso Americano parecer ter dado os primeiros recuos, temos que empurrar o capeta até o fundo do buraco e fechar a porta. A maior tentativa já levada a cabo para criminalizar a livre circulação na internet, o SOPA (Stop Online Piracy Act), pretende retroagir em séculos o poder de comunicação da sociedade, bem como destruir qualquer proposta mais democrática de acesso a informação e de organização e produção do conhecimento. 
É mais da mesma lenga-lenga, que visa reafirmar os princípios mais velhos e carcomidos de propriedade intelectual – deixando de lado outras iniciativas que redefinem a forma como nos comunicamos hoje. Sendo o SOPA aprovado, a censura estará imposta, sem contar o mais bizarro de tudo, que é fato de que o governo americano teria o poder de derrubar sites em TODO O MUNDO caso julgasse que o mesmo infringisse as leis de direitos autorais de empresas americanas. E mais, não apenas os que disponibilizam links e armazenam informações seriam perseguidos, mas também sites de procura e referência poderiam ser derrubados caso o governo americano julgue que eles estejam “localizando” os contraventores. Por exemplo, se você está a procura de um cd qualquer para baixar no Google, e em sua pesquisa aparece um link para um torrent no resultado, eles poderiam derrubar o Google. É medieval! É como matar um passarinho com uma bazuca e acertar tudo o que está em volta. Sites como Google, Facebook, Twitter, Wikipedia e Youtube – entre outros de menor repercussão – estão planejando um apagão geral como forma de se manifestar contra a proposta. Uma série de sites nacionais também está planejando aderir ao apagão. Informe-se!

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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

II Churrascão da Gente Diferenciada



Vamos todos participar do II Churrascão da Gente Diferenciada. Contra as políticas higienistas e a praga da especulação imobiliária na cidade de São Paulo. Vamos ocupar o espaço público para que os governos privatistas e as Incorporadoras não o façam

Sobre o assunto, conheçam o blog do Coletivo DAR

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domingo, 8 de janeiro de 2012

Anarcoprimitivismo como paradigma


[Bandeira do anarcoprimitivismo]

Anarcoprimitivismo é ateísmo, descrença total perante os deuses da civilização. Atitude profundamente iconoclasta e vitupério contra os grandes totens do mundo moderno.

O Anarcoprimitivismo está para a civilização como o cristianismo, em seus primórdios, esteve para o Império Romano. Aparentemente inofensivo, não desperta nenhum temor ou reação dos grandes conglomerados de poder. Mesmo entre as correntes de pensamento libertárias ocupa o lugar de utopia dificilmente materializável.

Não podemos esquecer que os devaneios carregam em si uma força fundamentalmente transformadora. A necessidade das utopias não reside em suas potencialidades escapistas, mas na capacidade de denunciar os absurdos do mundo concreto. Dito de outro modo, através do sonho enxerga-se o pesadelo da realidade. De tal sorte que Anarcoprimitivismo surgiu de uma urgência, a recusa de todos os aspectos da vida civilizada que nos escravizam.Cada aspecto que nos envolve encontra-se contaminado pelos mais sintomáticos aspectos do autoritarismo, da autofagia e da ruptura entre o homem e o essencial. A civilização legou ao ente humano o triste desígnio de destruir a si mesmo enquanto saqueia os constituintes que sustentam a vida. Portanto, falar em Anarcoprimitivismo significa defender o abandono de quaisquer ilusões quanto à superioridade do homem e as benesses civilizacionais. Nesse sentido, encontra-se a última radicalização possível do pensamento libertário, pois a crítica é sobretudo a constituição da humanidade como corpo diferenciado no planeta.

Desde que as pequenas coletividades humanas atribuíram a si próprias uma função produtiva iniciou-se o grande saque. O surgimento da agricultura representou a instauração de uma duradoura ditadura, inaugurando a obrigatoriedade do trabalho e o sentimento de desvinculação perante a natureza. O desenvolvimento da civilização trouxe o aprimoramento dos grilhões, consubstanciados em dois poderosos instrumentos ideológicos cujas forças se alternaram ao longo da história, ou a religião ou a ciência. Aparatos autoritários detentores de uma liturgia que prega o especismo, direito da humanidade em eliminar e instrumentalizar outras formas de vida. O homem se tornou um escravo da civilização, por sua vez escravizando o planeta a fim de satisfazer seus artificiais e insanáveis desejos.

Eis um cenário desolador, autofágico, contra o qual poucas vozes já se levantaram efetivamente. Mas, mesmo os observadores parciais concordam que a civilização está indo de encontro às limitações físicas do planeta, só que diante dessa constatação se alienam com autoenganos tais como “crescimento sustentável”. Porém não há mais como obliterar o processo de destruição em curso, ainda que o discurso civilizacional tente inviabilizar as mudanças, pregando um encadeamento inexorável do qual não há como fugir.

A desvinculação dos seres humanos perante o essencial explica a eficácia dos apelos civilizacionais. O homem jamais quis conhecer sua real imersão na cadeia da vida, assim exagerou sua importância na história física e biológica do planeta. Assertiva legitimada pela religião e ciência, que internalizaram o mais profundo sentido de hierarquização, não só entre as pessoas, mas entre as pessoas e as coisas.

O Anarcoprimitivismo talvez seja uma das mais sinceras inquietações, capaz de se frutificar como um paradigma de contestação alheio aos apelos da civilização. Não haveria nada nesse mundo a ser preservado: a luta não seria para a divisão, pela distribuição ou pela equidade, mas sim pela destruição, pela recusa da especificidade humana dentre as demais formas de vida. Uma corajosa escolha para a radicalização no processo de descoberta do que é essencial para a manutenção da vida na Terra.

Para outras informações sobre o Anarcoprimitivismo:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Anarcoprimitivismo

https://ervadaninha.sarava.org/introducao%20ao%20primitivismo.html

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