quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Sobre a Política de Alianças



Antes que alguém me acuse de plágio, deixo aqui o link do livro/panfleto que inspirou essa discussão, bem como a maior parte das opiniões e do raciocínio expresso a seguir. Trata-se de uma reflexão interessante acerca dos porquês e dos ‘não-porquês’ das políticas de aliança entre os libertários e outras tradições político-filosóficas.

É uma questão que vem me interessando continuamente e que, creio eu, extremamente importante para pensarmos o anarquismo tanto hoje como na sua trajetória passada. Esse post pode ser visto como um desenvolvimento de outro anterior, onde tentei estabelecer um diálogo entre o Pragmatismo e a Anarquia. Pois bem, vamos ao que interessa. Agora, se você é um daqueles puristas bem pé-no-saco, dê meia volta e saia fora.

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domingo, 20 de setembro de 2009

Os automóveis – parte 1



Eles não vieram do espaço, não foram criados por uma inteligência maligna e sobrenatural, muito menos representam a dominação de uma raça ou dinastia sobre as outras. Ainda assim, muitos de nós somos seus escravos, nós que os construímos, passamos a atribuir a essas invenções potencialidades mirabulosas, tornamos de bom grado seus dependentes. Olvidamos que um dia fomos livres.

Nas cidades, esses mastodontes de metal imperam. São eles que determinam o ritmo do fluxo de pessoas e mercadorias. Os carros querem ser onipresentes, consideram-se com a incumbência de dominar tudo e todos, cada metro quadrado livre deve lhes pertencer. Trata-se de uma concepção aberrante de espaço, na qual toda irregularidade e toda forma de vida dever ser aplainada, eliminada, para dar lugar a superfícies revestidas de betume, tristes, feias, sem vida.

O carro é uma máquina, uma máquina do mau, uma engenhoca melifica, uma engrenagem assassina, mas uma máquina. O que comanda suas ações – seu coração, por assim dizer – é o motorista. Um pobre escravo que tem a ilusão de poder.

O carro é inimigo de uma concepção humanista da cidade, para o motorista não existe o público, apenas vias interligadas, e em certo sentido, privativas, que cumprem a função de integrar um ponto ao outro. A acepção tradicional de uma rua não existe para o automobilista, coubesse a ele, até as calçadas seriam arrancadas. O motorista não se interessa pelas árvores, bancos, pássaros ou homens, o que importa é uma avenida mais larga para facilitar a ultrapassagem, uma vez que ele não se solidariza nem com o veículo que segue ao lado do seu.

O motorista quer ter a ilusão de liberdade, controle e segurança, mas não há nada mais contrário à liberdade, ao controle e à segurança do que o carro.

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sábado, 12 de setembro de 2009

PAC (Programa de Abolição do Crescimento)


A bola da vez é o pré-sal. Será das profundezas do oceano que sairá a solução do Brasil. “Nunca esse país cresceu tanto em toda História”, dizem por aí.

E...

Isso é bom?

Governos de esquerda dizem que sim. Governos de direita, também. As corporações dizem que não só é bom, mas é fundamental!

Bom, e quando governos e corporações concordam... sabemos que coisa boa não vem por aí...

Já sei o que alguns devem estar pensando... Ih... lá vem mais um desses que sempre são do contra. Bom, para esses, peço que leiam com atenção.

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