domingo, 13 de dezembro de 2009

Futebol e moralismo


Em primeiro lugar eu sou preconceituoso, mesmo praticando atividades físicas, nunca gostei de futebol. Pior ainda, acho tedioso assistir jogos televisionados ou torcer para um escudo, nunca entendi o frisson em torno dessa “paixão nacional”. Futebol, para mim, não passa de uma atividade boba e tediosa, rio quando ouço falar em futebol-arte: não meus caros, Picasso jamais faria umas embaixadinhas. Assim como os rappers americanos, muitos desses "atletas" intentam unicamente ganhar dinheiro e desfrutar a fama. Veículo de ascensão social para os pobres que querem comprar apartamentos caros e namorar com nádegas famosas.

Curiosamente, nunca ouvi falar de um jogador intelectual ou poeta, as denominações mais lisonjeiras para eles são apelidos do tipo "animal" ou “matador”. Tenho desânimo desses goleadores, gente que não pode ser levada a sério e que certamente não está em um pedestal. Mas, com uma dose de liberalismo clássico digo apenas que cada um encontre livremente o caminho que lhe faça feliz.

Agora, mesmo não sendo simpático a essa categoria, uma dúvida ressoa em minha cabeça. Esses chutadores de bola profissionais não podem praticar brincadeiras lúdico-sexuais? Não podem ir para um motel (barato ou de luxo) para fazerem sexo com mulheres, homens ou travestis? Não podem ter noitadas? Por quê? Porque a mídia os transformou em semideuses, envoltos em uma áurea de moralismo, totalmente desvinculados de um mundo real onde se encontra o sexo, as bebidas, as drogas e as transgressões. Mas, qual o mecanismo que subsidia esse pensamento conservador?

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